18 de maio de 2011

Sinto que minha vida não é pequena

Sinto que minha vida não é pequena
Sinto que posso não mais ser serena
Sei que tudo valerá a pena
Sei que a dor poderá ser amena
Antes que a morte entre em cena
Percebo que a infelicidade não mais me condena
Descubro o fruto que me envenena
Atiro-o longe, sem temer.

Descubro que o amor engrandece
O meu corpo agora perece
A essência da alma permanece
O perfume proibido enaltece
Você escuta e atende minha prece
Envia-me um sinal, mas não aparece
Me protege do frio, me aquece
O vento gelado e obscuro enlouquece
A chama se apaga, o fruto amadurece
E antes que eu me cure, você me esquece
Some pra sempre e eu fico a sofrer.