Sorriso aberto, olhos desfocados
Murmúrios distantes, palavra incompreendida
Pessoas por perto, abraços desencontrados
Pensamentos de antes, ponto final na vida.
Todos os textos aqui publicados são de minha autoria e tem seus direitos reservados de acordo com a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
18 de dezembro de 2012
29 de novembro de 2012
Desmilinguida
A desmilinguida e tórrida apática andava
pela rua a exibir seu disforme corpanzil, não tão ereto, por conta de uma intrínseca
corcunda que aos poucos brotava em meio as suas costas tão drasticamente
esqueléticas. Exibia-se como uma imperatriz menina que reina em sua torre de
marfim, embora poucos saibam que por detrás de toda esta pompa, coma ela
migalha por migalha, do pão que o diabo amassou tão miseravelmente, dia após
dia de sua vida assim tão enfadonha, obrigando-se a dividir cada uma destas
migalhas com dezenas de outros corpanzis, assim também disformes e
substancialmente apáticos.
Pena a desarticulada, não embasada, talvez
precipitada escolha, embora, no fundo, mesmo que inconsciente, saiba ela ainda
da oportunidade de reversão, do basta, da não submissão, do redesabrochar, da
autoimposição, bem como da recorrência à utilização do poder de persuasão e
valorização própria, imaculados em cada qual, que certamente brota de suas
entranhas.
31 de outubro de 2012
Brisa morna
Brisa morna, ventos sufocantes
Pingos grossos, agora encorpados
Dores antigas, hoje suplicantes
Pecados antigos, outrora perdoados.
29 de setembro de 2012
Límpidas águas
Límpidas
águas transparecendo
Doces e
imaculadas ilusõesSimples sentidos enaltecendo
Cores mais belas em difusões.
Híbridos
odores resplandecendo
Palavras chistosas
auferem sermõesOuvidos afiados ensurdecendo
Flores perfumadas nas quatro estações.
8 de agosto de 2012
Olhos ruins
Olhos ruins que assim nos seguem
Boca imunda que tão falsa nos diz
Tanta hipocrisia destes que nos medem
Egoísmo disfarçado, seguro por um triz.
Boca imunda que tão falsa nos diz
Tanta hipocrisia destes que nos medem
Egoísmo disfarçado, seguro por um triz.
10 de julho de 2012
Espera contínua
Espera contínua, que sem fim me persegue
Esforço incrédulo, vem de todo maçante
Paciência q se vai, já não mais lá se ergue
Incoerente vislumbre, que se segue adiante.
Esforço incrédulo, vem de todo maçante
Paciência q se vai, já não mais lá se ergue
Incoerente vislumbre, que se segue adiante.
15 de junho de 2012
Varetas oblíquas
Varetas oblíquas, uma ou outra desajustada
Lindas esmilinguidas, uma ou outra assim tão pura
Em teus olhos obscuros enxergo o nada
Em teus sorrisos encantados encontro doçura.
Lindas esmilinguidas, uma ou outra assim tão pura
Em teus olhos obscuros enxergo o nada
Em teus sorrisos encantados encontro doçura.
6 de maio de 2012
Incrédulo desvio
Incrédulo desvio inabitado
Benevolente estorvo definitivo
Incoerente vazio desesperado
Desolado, encefálico e distintivo.
Irrevogável marginal atormentado
Inconsistente, dúbio, assim tão rijo
Pedante, ignorante, desajustado
Sofres doente, no esconderijo.
Benevolente estorvo definitivo
Incoerente vazio desesperado
Desolado, encefálico e distintivo.
Irrevogável marginal atormentado
Inconsistente, dúbio, assim tão rijo
Pedante, ignorante, desajustado
Sofres doente, no esconderijo.
17 de abril de 2012
Dor enfática
Dor enfática que dantes desdenhava-me
Esfacelei-a tão doce assim
Cravelhei-lhe no âmago que sempre apunhalava-me
Espurguei-a certeira pra longe de mim.
Miúdos sentidos, estribilho amargurado
Imundice diurna que logo chegou ao fim
Vívido suplício outrora eternizado
Esvaiu-se tão quanto antes já vim.
1 de março de 2012
Intrínseca podridão
Intrínseca podridão desenfreada
Sórdida dor, tola e incalculável assim
Encoberta por uma alma amargurada
Hostil, imunda, pregada em mim.
Desiludida, na lama, embatumada
Córrego de sangue, maldito e seco capim
Que me consuma logo a alma, já desgraçada
E estanque o jorro, ponha logo um fim.
Sórdida dor, tola e incalculável assim
Encoberta por uma alma amargurada
Hostil, imunda, pregada em mim.
Desiludida, na lama, embatumada
Córrego de sangue, maldito e seco capim
Que me consuma logo a alma, já desgraçada
E estanque o jorro, ponha logo um fim.
23 de fevereiro de 2012
Solitude magnífica
Solitude magnífica transcendendo-me a alma
Quietude conceitual roubando-me a calma
Discórdia infinita que me invade a solidão
Insígnia amenidade, fulgaz e sem noção.
Quietude conceitual roubando-me a calma
Discórdia infinita que me invade a solidão
Insígnia amenidade, fulgaz e sem noção.
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