23 de fevereiro de 2010

Brilho intenso e incandescente

Brilho intenso e incandescente
Sinto o céu se abrir no breu
Sinto a paz tão entorpecente
Brilho forte se acendeu
A alegria me invadia
Hoje tudo se esvaiu
Uma pura harmonia
Nunca mais ninguém sentiu
O buraco negro crescia
A mais pura alma morreu
Pois a dor que pouco eu sentia
Hoje não tarda e já se ergueu
Cravando num mar de tormenta
O pulso esfacelado e sangrento
A paixão do murmúrio hoje venta
Sem que a vida dite o rumo do vento
Nossos laços se dilacerando
Nossos corpos perecendo num obscuro
E aquilo que nos unia, amarrando
Machuca a alma, produz um furo.